domingo, 28 de fevereiro de 2010

O MUNDO ESTA CAINDO EM NOSSA CABEÇA!!










28/02/10 - 18h40 - Atualizado em 28/02/10 - 18h40

Chile decreta toque de recolher nas regiões afetadas pelo sismo

Da EFE
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Santiago do Chile, 28 fev (EFE).- O Governo chileno decretou toque de recolher nas regiões do Maule e Bio-Bio, as mais afetadas pelo terremoto que no sábado causou pelo menos 708 mortos e deixou 2 milhões de desabrigados, informaram hoje fontes oficiais.

A proibição de circular pelas vias públicas se estenderá entre as 21h e às 6h, disse à imprensa local o general Bosco Pesce, designado como chefe da região no estado de catástrofe decretado de Maule, cidade que fica a 300 quilômetros ao sul de Santiago.

Em Bio-Bio, a 500 quilômetros da capital, o cargo será exercido pelo oficial de mesmo grau Guillermo Ramírez.

A declaração do estado de catástrofe em ambas as regiões foi anunciada pela presidente Michelle Bachelet ao divulgar o plano do Governo para normalizar o país após o terremoto de 8,8 graus na escala Richter que devastou parte do território na madrugada de sábado.

Pela Constituição chilena, a medida permite ao presidente restringir a circulação de pessoas, o transporte de mercadorias e a liberdade de trabalho, de informação, de opinião e de reunião.

Além disso, poderá requisitar bens e estabelecer limitações ao exercício do direito da propriedade, além ditar medidas administrativas extraordinárias que julgue necessária.

As áreas afetadas ficarão sob dependência imediata do chefe da defesa nacional designado pelo Governo, que assumirá o comando com as atribuições e deveres previstos na lei.

Na cidade de Concepción, capital de Bio-Bio, ocorreu hoje enfrentamentos entre a Polícia e centenas de habitantes que saquearam um supermercado, desesperados pela falta de água e mantimentos, já que os comércios continuavam fechados.

A prefeita de Concepción, Jacqueline van Rysselberghe, havia pedido horas antes a presença de tropas para restabelecer a ordem, após denunciar situação "de caos".

Bachelet anunciou a entrega gratuita de produtos de primeira necessidade nas regiões de Maule, Bio-Bio e Araucania, depois de um acordo com a associação de supermercados.

O plano, que contém outras medidas, estará a cargo dos ministros do Interior, Edmundo Pérez Yoma, e de Defesa, Francisco Vidal, coordenados com o de Fazenda, Andrés Velasco. EFE

Após saques, governo chileno anuncia distribuição de alimentos

Bachelet fecha acordo com supermercados para regiões afetadas por tremor; número de mortos passa de 700
estadao.com.br
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Área inundada em Pelluhue, ao sul de Santiago
Roberto Candia/AP
Área inundada em Pelluhue, ao sul de Santiago
SANTIAGO - Após ondas de saques, a presidente do Chile, Michelle Bachelet, anunciou neste domingo, 28, acordo com as principais redes de supermercados do país para a entrega gratuita de produtos de primeira necessidade nas regiões de Maule, Bio-Bio e alguns setores da Araucânia. Também neste domingo, o governo decretou toque de recolher na cidade de Concepción, em Bio-Bio, e Maule, focos de saques, segundo a televisão estatal. A chefe de Estado informou que o número de mortos pelo terremoto que no último sábado assolou 80% do território chileno chegou a 708.

A maior parte das vítimas está concentrada na região de Maule, com 541, seguido pela localidade de Bio-Bio, com 64. Os 103 restantes morreram em outras seis regiões do país, onde estão também 2 milhões de desabrigados. Bachelet declarou "estado de catástrofe" em Maule e Bio-Bio. A Força Aérea irá levar suprimentos para as áreas e os militares vão assumir a liderança da distribuição.

Veja também:

Em Maule e Concepción, a proibição de circular pela via pública se estenderá entre as 21h e às 6h, disse à imprensa local o general Bosco Pesce. A presidente destacou que o tremor de 8,8 graus na escala Richter é "o quinto maior na história do mundo", e pediu esforços nas tarefas de reconstrução após a "emergência sem igual." Ainda de acordo com Bachelet, o tráfego aéreo começou a ser normalizado neste domingo.

Governo estima em 50 os mortos pelo temporal na França


Da EFE
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Paris, 28 fev (EFE).- O Governo francês estima que o temporal Xynthia, que atingiu o país no fim de semana, sobretudo o oeste, causou a morte de quase 50 pessoas.

Em menos de 24 horas a tempestade varreu vários departamentos que estavam em alerta máximo. Para o primeiro-ministro, François Fillon, esta foi uma "catástrofe nacional".

Nesta tarde, o ministro do Interior, Brice Hortefeux, declarou que o número de mortes pode ficar entre 45 e 50.

A combinação de chuvas e fortes ventos, de cerca de 150 km/h, procedentes do norte da Península Ibérica, chegou ao oeste da França entre o sábado e o domingo.

O local mais atingido foi o litoral atlântico do país, especialmente o departamento de Vendée, onde 30 pessoas morreram afogadas.

Inúmeras regiões próximas ao litoral foram inundadas pelo efeito combinado de chuvas e ventos.

Só na localidade de l'Aiguillon-sur-mer, a Prefeitura informou 17 mortos, embora ainda várias pessoas ainda estejam desaparecidas.

O palácio do Eliseu emitiu um comunicado dizendo que o presidente Nicolas Sarkozy viajará na segunda-feira às áreas atingidas.

As autoridades informaram que cerca de 500 mil casas estão sem eletricidade e que o restabelecimento poderá demorar dias.

O temporal provocou danos aos transportes, como a suspensão de cerca de cem voos.

A circulação de trens também foi atingida, com atrasos e suspensões. EFE

«Um bilião e trezentos milhões» para recuperar a Madeira

Alberto João Jardim anuncia valor de prejuízo que o seu Governo já calculou

Por: Redacção /PP  |  28-02-2010  21: 00
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Alberto João Jardim subscreveu as palavras do primeiro-ministro, José Sócrates na sua entrevista à TVI. Realçando, também, a necessidade de um «acordo e cooperação» entre o Governo Regional da Madeira e o Governo da República.
Sem entrar em pormenores sobre como será resolvida a questão da Lei das Finanças Regionais, Jardim admitiu que o que o arquipélago precisa «do estado é mais do que a lei das finanças regionais». Até porque é preciso sair «do clima de pessimismo».
Reconstruir a Madeira custará, pelas suas contas, cerca de «um bilião e trezentos milhões».
Quanto às declarações do ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, esta semana no Parlamento, o presidente do Governo Regional da madeira disse que essa «era uma questão do primeiro-ministro».
Durante a entrevista de Jardim ao «Jornal Nacional» da TVIeste domingo, Jardim deixou uma promessa: «Daqui a 2 anos a madeira vai estar um brinquinho».
No final da conversa com Júlio Magalhães, Alberto João Jardim, assumiu que vai dizer em quem vai votar nas eleições para a liderança do PSD, mas numa alusão directa a Passos Coelho, confessou que «não esquece facas nas costas».


Japão reduz alerta, mas teme segundo tsumani

AE-AP - Agencia Estado
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TÓQUIO - As autoridades japonesas reduziram seus alertas de tsunami depois que a costa do país foi atingida por uma série de ondas consideravelmente menores do que o esperado, sem provocar estragos nem mortes. Contudo, os especialistas do governo alertam que ainda existe a possibilidade de uma segunda série de ondas, mais forte, alcançar o país na noite deste domingo. Por isso, a ordem é para que em torno de 600 mil pessoas que vivem nas regiões mais vulneráveis mantenham-se longe de suas casas.



"Por favor, não se aproxime da costa até que o alerta de tsunami tenha sido cancelado, mesmo que as primeiras ondas tenham sido pequenas", solicitou Yasuo Sekita, chefe da seção de terremotos e tsunamis da Agência Meteorológica do Japão. "Ainda há chance de um grande tsunami chegar ao país. Se olharmos para as evidências históricas, isso ainda pode demorar algumas horas", explicou.



Inicialmente, esperava-se que ondas de até três metros atingissem a costa japonesa em decorrência do terremoto de 8,8 graus que atingiu o Chile. Contudo, até agora, as maiores ondas registradas no país não chegaram a 1,5 metro.



Contudo, os japoneses se lembram do tsunami de maio de 1960, também provocado por um terremoto no Chile. Naquela ocasião, as primeiras ondas a chegar ao país foram pequenas, mas depois surgiu uma onda gigante que atingiu as costas de Hokkaido e Sanriku, matando pelo menos 140 pessoas. As informações são da Associated Press.
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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

É 50 ANOS DE HISTORIA, UMA PÉSSIMA TRAJETORIA. QUE NÃO FOI PREVISTO POR JK.


24/02/2010 - 06h22
Dois pastéis, um caldo de cana e R$ 7 mil de salário
Eduardo Militão
Severino caiu no golpe da creche: aceitou virar funcionário fantasma da Cãmara em troca de benefício para seus filhos
Eduardo Militão
Severino limpa as mesas, atende no caixa e serve caldo de cana para quem passa ali, pertinho da rodoviária do Gama, no Distrito Federal, para comprar pastéis fritos na hora. Tem de queijo, carne, galinha, palmito, alguns com catupiri, banana e canela. Com salário de R$ 640 e ajuda de R$ 110 de um benefício social de Goiás, Severino Lourenço dos Santos Neto, 29 anos, sustenta a mulher grávida de sete meses e três filhos, que moram com ele em Valparaíso (GO), no Entorno de Brasília. É uma situação bem curiosa: por que Severino frita pasteis e vive nessa situação se tinha um salário de nada menos que R$ 7 mil como funcionário da Câmara?
A verdade é que Severino, por conta da sua difícil situação financeira, um pouco antes de sua mulher engravidar pela quarta vez, aceitou virar peça do esquema conhecido como “golpe da creche”. Severino foi procurado por uma prima, de nome Eliane. Ela lhe fez uma proposta. Se aceitasse ir até a Câmara e preencher um cadastro, ele ganharia um auxílio por cada um de seus filhos. Severino, então, foi com o marido da prima ao anexo IV da Câmara dos Deputados e assinou um monte de papéis, inclusive numa agência bancária. Sem saber, tinha acabado de virar funcionário público. Como a prima prometera, ele passou a receber R$ 250 por mês como auxílio para os seus filhos. O que ele não sabia é que recebia também R$ 7 mil de salário como secretário parlamentar SP-25 no gabinete do deputado Sandro Mabel (PR-GO), hoje líder de seu partido na Câmara. Esse dinheiro, quem embolsava era a quadrilha do golpe da creche.
O caso de Severino é mais um entre os 67 indiciados pelo golpe da fraude da creche e do vale-transporte investigado pela Polícia Legislativa, como noticia o Congresso em Foco desde novembro passado. De uma forma ou de outra, uma quadrilha recrutava funcionários fantasmas para trabalharem na Câmara e ficavam com a maior parte do salário. Alguns não sabiam da fraude e eram iludidos com a promessa de benefício social para seus filhos.
Conheça o golpe da creche em detalhes 

Com Severino, não foi diferente. Em entrevista ao site, o pasteleiro afirmou que nunca desconfiou que estivesse fazendo parte de um golpe. De qualquer forma, foi indiciado como suspeito pela Polícia Legislativa da Câmara. Na terça-feira (23), o deputado Sandro Mabel disse não ter "nenhum compromisso com possíveis irregularidades que tenham sido cometidas por essas pessoas" (leia mais). Ele alega que suas assinaturas que nomearam os funcionários laranjas e fantasmas foram falsificadas, mas ainda não houve perícia nos documentos.
“Uma espécie de Bolsa-escola”
Em janeiro de 2008, Severino foi formalmente contratado para o gabinete de Mabel. Dias antes, foi procurado pela prima de nome Eliane, uma bancária que mora no Guará, uma cidade de Brasília. “Minha prima ligou pra mim e disse que era uma espécie de Bolsa-escola que ia arrumar pra mim. Mas só dava se eu tivesse três filhos.”
Ele conta que Cauí, o marido da prima, o levou ao Plano Piloto. “Fui lá na Câmara com o marido dela e assinei um bocado de papel lá que eu nem li também”, diz Severino. Foi na agência bancária, mas não ficou com o cartão do banco.
Cauí contou a Severino que ele não seria dono do pedaço de plástico. O pasteleiro disse que não desconfiou. “Ele me avisou: ‘Ó, o cartão vai ficar com eles”. E quem são “eles”? Severino responde:
“Eles, os caras que estavam fazendo isso aí. E eu nem... né? É o marido da minha prima. Nunca mexi com negócio de banco. Beleza, né? Trabalho aqui, ganho pouco, recebendo R$ 250... Nem chiei, não. Tá bom, to precisando. Nem chiei quando ele falou isso aí. Abestado, véio.”
O dinheiro era entregue diretamente pela prima ou depositado na conta corrente dos colegas de trabalho vizinhos à pastelaria. O pasteleiro ficou 20 meses registrado como servidor de Mabel, até agosto de 2009. Mas Severino só recebeu o benefício social durante cerca de dez meses.
Houve uma interrupção da ajuda durante algum tempo. Severino questionou Eliane, que diz que a bolsa tinha sido cortada. Mas a prima telefonou-lhe dizendo que um tal de Franzé o procuraria. Segundo as investigações, trata-se de Francisco José de Araújo Feijão, ex-motorista de Mabel que, junto com a mulher Abigail Pereira da Silva, ex-servidora da Câmara, são os líderes da quadrilha.
Franzé foi até a pastelaria de azulejos brancos e mesas com detalhes vermelhos. No meio dos clientes preocupados com o caldo de cana e o sabor do pastel, o acusado de ser estelionatário fez Severino assinar diversos papéis novamente.
“Eu assinei aqui. Tinha muito movimento aqui. Eu não podia nem... eu atendo o caixa aqui. Só era assinar. Nem lia nem nada.” Severino retomou o benefício.
Quando foi exonerado da Câmara, o servidor laranja recebia R$ 2.400 de salário mais uma gratificação de igual valor, além de R$ 1.716 de auxílio-creche (em média) e R$ 480 de vale-transporte. O benefício-transporte foi inflado. Severino assinou um documento no qual atestava que morava em Formosa (GO), a mais de 100 quilômetros de distância de onde mora, num bairro pobre de Valparaíso.
"Sem vergonha"
Severino não sabe com quem ficou o restante do dinheiro. “É lá dentro da Câmara, né? Deve ser com os políticos mesmo sem vergonha. Com certeza deve ser. Não tem outra coisa não”, chuta.
Suspeito de participar do crime, Severino está sem advogado. “Como o cara tem coragem de fazer uma coisa dessas e dar R$ 250 pro cara? Não entro numa dessas mais nunca na minha vida”, desabafa o pasteleiro. “Eles me deram a melinha e ficaram com o resto.”
Ele foi até a agência bancária saber quem sacava o dinheiro de sua conta corrente. Mas não aparece ninguém nas câmeras dos terminais bancários. Segundo os gerentes, todo o dinheiro era transferido para outras contas. Severino afirma que, até agora, ninguém lhe informou quem são os beneficiários dessas movimentações financeiras. “Os caras estavam até pagando carro importado com esse dinheiro.”
O pasteleiro está insatisfeito com o fato de ter sido incluído como suspeito. Severino acredita que os policiais o indiciaram porque ele trabalha numa pastelaria e possui um Gol zero quilômetro.
Ele explica que paga R$ 380,00 de prestação e a outra metade quem paga é sua mãe. Mas Severino admite que algumas vezes usou o dinheiro do benefício social para quitar parcelas do financiamento do automóvel. Ainda faltam 44 prestações.
O acusado procurou a prima Eliane e o marido Cauí, mas hoje eles não lhes retornam os telefonemas. Severino não quis passar os contatos dos parentes para que fossem procurados pelo Congresso em Foco. Também não soube informar os sobrenomes dos primos.
Procurados por advogados e familiares, Franzé e Abigial não responderam aos pedidos de esclarecimentos do Congresso em Foco. Nas últimas semanas, Abigail disse ao site que ela e o marido só poderiam comentar o caso depois do carnaval. Mas não foi possível marcar entrevista e nem houve retorno dos recados deixados.

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